O transplante renal é um procedimento que objetiva tratar pacientes com doenças renais
crônicas e avançadas. Mas como esse tratamento é realizado na prática? Quem pode realizá-lo? É
o que vamos descobrir aqui abaixo. Boa leitura!

Como funciona o transplante renal?

O transplante renal é um complexo processo que envolve equipe multidisciplinar altamente
especializada. As pessoas podem perder a função dos rins (insuficiência renal) por uma infinidade
de condições. No Brasil, as principais causas de doença renal crônica (DRC) são hipertensão arterial
e diabetes não controladas. Quando a DRC evolui para o seu último estágio, o paciente necessita
realizar um tratamento para filtrar o sangue no lugar do rim, que não mais consegue cumprir essa
função. A terapia de substituição renal pode ser realizada através de hemodiálise, a mais comum, ou
diálise peritoneal. A pessoa fica então dependente de uma máquina para sobreviver, necessitando
permanecer a ela ligada por horas.


A opção à diálise é o transplante renal, quando um órgão sadio é implantado em um paciente renal
crônico. Todo o processo se inicia com o candidato a receber um rim fazendo uma série de
avaliações clinicas e psicossociais. Se houver algum parente relacionado ou não (este apenas com
autorização judicial) disposto a doar um rim para o paciente, são realizados testes de
compatibilidade e programado um transplante renal intervivos. Caso contrário, o paciente é inscrito
em uma lista estadual para receber o órgão de um doador falecido. A ordem dessa fila muda a cada
doação, pois as especificidades do sangue e das células do potencial doador são cruzadas com as
dos candidatos a receber os rins. Quanto mais compatível com o órgão de determinado doador,
maiores as chances de o receptor ser convocado para o transplante.

Como é a cirurgia para transplante renal?

Após a doação do órgão ser efetivada, o receptor é preparado para receber o rim, que chamamos de
enxerto. No caso de um doador vivo, é realizada a cirurgia de retirada do rim e rapidamente levado
a outra sala do centro cirúrgico para outra equipe cirúrgica realizar o implante. Já se o doador é
falecido, ou seja, foi diagnosticado com morte encefálica durante o internamento por algum trauma
ou doença neurológica, após doação por parte da família, a equipe de captação retira os órgãos e os
acondiciona em solução gelada de preservação para ser encaminhado ao centro transplantado.

Ele implantado na região inferior do abdômen e normalmente não há necessidade de se retirar os rins
nativos do paciente, salvo em situações especiais. Os vasos sanguíneos do enxerto renal (artéria e
veia) são ligados aos vasos do receptor como também o ureter para a passagem da urina. Muitas
vezes, o enxerto tem função imediata, começando a “trabalhar” já durante o implante.


A cirurgia de retirada do rim do doador vivo pode ser realizada por via aberta, laparoscópica ou
robótica. Já o implante pode ser realizado por via aberta ou robótica. Como descrito, percebemos
que o processo é bem complexo e depende de vários profissionais trabalhando em conjunto. Desde a
equipe de médicos nefrologistas, clínicos, urologistas, anestesistas, equipes de enfermagem,
fisioterapia, nutrição, psicologia, farmácia, laboratório, assistente social, pessoal administrativo,
serviços gerais e motoristas. Todos são importantes para a realização de um transplante renal.

Existem contra-indicações para o transplante renal?

Algumas condições não permitem o paciente renal crônico receber um rim através do transplante,
como a maioria das neoplasias em atividade, infecção não resolvida (exceto HIV, HCV, HBV,
porém devem estar controladas), risco cirúrgico proibitivo (doenças graves cuja realização da
cirurgia traz um alto risco de morte), falta de entendimento sobre o procedimento, falta de aderência
ao tratamento atual e expectativa de vida muito reduzida.


O transplante renal é seguro e efetivo na melhoria da qualidade e expectativa de vida das pessoas
com doença renal crônica avançada. A doação de um órgão representa um ato de elevado altruísmo
por parte tanto das pessoas que se dispõe a ajudar uma pessoa amada, quanto das famílias que
autorizam a remoção dos órgãos de seus entes queridos. A vida de muitas pessoas pode mudar
substancialmente para melhor com uma doação.


Seja doador de órgãos!


Para mais informações de como funciona o transplante renal com o Dr. Rômulo Farias, entre em
contato com a nossa equipe pelo botão abaixo!


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